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O primeiro ano de Vivência Artística

2022 foi ano de muita coisa diferente na Sintonia e o Vivência Artística foi uma delas: 10 meses de trabalho e o primeiro palco com 2 processos criativos que foram apresentados no Theatro Vasques em Novembro e agora vou te contar um pouco como tudo aconteceu.

O  primeiro ano de Vivência Artística
Thabata Castro
Por: Thabata Castro
Dia 07/12/2022 18h14

Dirigir o projeto Vivência, que foi criado com o objetivo de incentivar os alunos a pensarem, criarem e produzirem um espetáculo de dança, foi uma das coisas mais instigantes e desafiadoras que fiz esse ano.

 

Até chegarmos ao resultado final, passamos por várias fases (etapas), primeiro os alunos interessados foram divididos em 2 grupos com encontros semanais, um juvenil e um adulto, e iniciamos o trabalho com rodas de conversa falando sobre a infância de cada um, para conhecer melhor cada integrante e também sobre suas expectativas em relação ao projeto.

 

A partir das temáticas brincadeiras populares (juvenil) e bagagens emocionais (adulto) começamos os estudos corporais, os quais eu guiava dinâmicas de improviso e com o resultado das improvisações, pedia para criarem sequências coreográficas, as vezes individuais e outras vezes coletivas. 

Provocações, dificuldades, "ausência" e cabeças pensantes.

Quando cada grupo já tinha algumas sequências criadas, comecei a propor cenas compostas por algumas delas e a provocar cada um sobre o que gostariam de falar com aquelas movimentações. Depois, pedi para que procurassem semelhanças ou criassem uma relação entre as sequências, desenvolvendo-as mais até que virassem pequenas composições coreográficas.

Esse foi o momento que me afastei dos encontros e deixei as cabeças pensarem “sozinhas”, sob menos provocações. Eu aparecia no final dos encontros para ver o que tinham feito, e para saber qual caminho haviam desbravado, deixando ali uma sugestão para continuarem descobrindo mais sobre si e sobre seus movimentos.


Aos poucos, algumas composições foram se desenvolvendo, criando forma e força, mas ainda tinham pouca ou quase nenhuma conexão uma com a outra, tudo estava bem disperso então, precisei me reaproximar dos trabalhos e voltar a “cutucar” cada grupo em suas criações.

Essa foi uma das fases mais intensas e de grande ansiedade, pois as intérpretes-criadoras dos grupos ainda não compreendiam aonde chegariam com seus trabalhos, e precisaram acreditar e confiar muito em mim, para conseguirmos seguir em frente. Por um tempo, parecia que não daria certo (rs), mas o resultado final de toda essa "confusão", que tem mais a ver com estar fora da sua zona de conforto e com uma desconstrução de tudo o que você compreende sobre dança, fez nascer o que levamos para o palco no dia 30/11, no Theatro Vasques em Mogi das Cruzes. 

A diferença dos processos dos grupos juvenil e adulto.

Cada grupo aprensentou uma facilidade e uma dificuldade durante esses meses de processo criativo. O grupo juvenil era mais criador, mas trazia muitas referências externas, enquanto a proposta do trabalho pedia mais pesquisas internas/pessoais.

Já o grupo adulto teve mais facilidade em acessar os sentimentos, as emoções e mais dificuldade em transformar tudo isso em movimentações/dança. 

 

Sendo assim, estar na direção do Vivência me exigiu um olhar e uma atuação bem específica para cada grupo e trabalho criado, o que também me trouxe muitos aprendizados. 

O Resultado "final" do primeiro ano.

O processo criativo durou 10 meses, e envolveu muita entrega, dedicação, confiança e resiliência, resultando em 2 trabalhos com um enorme potencial:


“Em busca do meu eu, encontrei-me em outro alguém” do grupo juvenil, agora conhecido como AdoleScER, que a partir das brincadeiras populares, lá no início do processo, trouxe muitas memórias sobre suas dificuldades sociais na infância e que refletem ainda hoje na vida de cada uma, transformando totalmente a temática do grupo para conflitos adolescentes e uma busca por identidade e aceitação.


Já o grupo Somos Só Nós (adulto), manteve-se dentro da proposta inicial em “Carrego coisas que não sei dizer”, o qual abre compartimentos das bagagens emocionais das intérpretes-criadoras e a forma como elas encaram esses seus fragmentos.

Os trabalhos foram apresentados pela primeira vez, mas ainda podem (e vão) se desenvolver mais, assim como o Vivência Artística em si. E, se você não viu nada sobre esse projeto, logo a gente mostra alguns trechos.

O primeiro de muitos!

Em 2023 as inscrições para participar dos grupos juvenil e adulto reabrem! Esse é um projeto oferecido de forma gratuita para alunos da Sintonia que estão matriculados em duas ou mais modalidades.

(Vem Pra Sintonia!)

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